quinta-feira, 7 de maio de 2015

Isabela Freitas

Oi amores, tudo bem? Vim aqui deixar alguns dos textos da Isabela Freitas, autora de Não se apega, não e futuramente de Não se iluda, não 
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Alguém tem que ceder 

Não adianta dizer que não sente falta, você sente. Não adianta dizer que odeia, você se importa. Não adianta dizer que ela é uma idiota, você gosta disso. Não adianta dizer que ela te machucou, os dois se machucaram. Não adianta dizer que não foi bom, foi perfeito. Não precisa fingir não ter escutado a música de vocês tocando na rádio, você quis cantá-la a plenos pulmões. Não precisa fingir raiva ao dizer algo sobre ela, os seus olhos brilham. Não adianta tentar substituí-la, ninguém terá os mesmos defeitos. Talvez você ache alguém melhor, mais bonita, mais inteligente. Mas nunca com aquela mania insuportável de deixar as roupas espalhadas pelo chão ou com aquele sorriso irônico que você tanto gostava. Fingir indiferença já não funciona mais para você, o amor deu lugar ao ódio, e o ódio não vê a hora de voltar a ser amor. Não adianta olhar para frente, respirar fundo e dizer para si mesmo que ela é passado. Ela é seu passado, presente e o futuro que deseja no lugar mais intimo do seu coração. Batalha de egos. Uma guerra em que todos saem perdendo. Perdem a si mesmos. Perdem lembranças. Se agarram à futuros incertos. A saudade chega a queimar no peito e ninguém quer ceder. Mas quando um ceder.. Vai ser inesquecível. Como sempre. Ah vai, alguém tem que ceder…



Obrigado por ter sido inesquecível
Desde que você se foi, a tua presença tem estado dentro da minha saudade, cada vez mais. Seu rosto invade meus pensamentos, teu sorriso rouba meu sono e, ter que aceitar que o lado esquerdo da minha cama, agora é feito apenas de um imenso vazio, é difícil. Difícil porque antes já foi fácil e a facilidade era estar com você. Era ter você. E te ter aqui, comigo, resultava em felicidade, satisfação, alegria e paz. A começar porque você foi a única que soube fazer com que eu precisasse apenas de você. O resto não contava. E ainda não conta. 

Contigo aprendi valores, passei a ter preferência por sabores e organizar os livros da minha estante, por cores. Doei-te minhas manias e adotei para minha vida, as tuas. Conheci novas músicas e passei a dar trilha sonora para os vários bons momentos que a minha vida poderia ter e, você sabe, até agora todos eles foram contigo. Desde as noites de amor até as mal dormidas ocasionadas por alguma briga boba. E preciso te dizer que eu amava as nossas brigas bobas, elas resultavam nas melhores reconciliações.

Amo-te primeiramente pelo fato de você ter nascido. Amo-te por ter na minha vida, aparecido. E amo-te mais ainda, por ter mudado tudo o que eu achava que era certo no meu convívio. Eu achava que era feliz e você me mostrou o que é felicidade de verdade. Eu achava que era bom e você me ensinou a ser melhor. Eu achava que sabia tudo sobre o amor e você me esfregou na cara que eu era – e ainda sou – um simples aprendiz. De amante e de ser humano.
Nossa canoa era pequena e desajeitada, porém todo mundo admirava e elogiava. Remávamos no sentido da felicidade sem medo da correnteza e, só Deus e eu, sabemos o quão maravilhoso era saber que contigo eu podia contar, e confiar, e esperar todo o apoio que pudera ser me dado. Como você, outra jamais vai haver. E sorte terá o homem que, depois que te roubar um sorriso frouxo e descobrir teus gostos, poderá desfrutar do prazer, da alegria e do bem estar que é te ter. Na rua, no carro, na sala, na cozinha, no quarto e na vida
Não sei por que deixamos o nó ficar frouxo. Não fizemos nada de errado, ou talvez, o erro tenha sido justamente ter feito tudo certo. Mas garanto-te que o tempo que durou, marcou. E ficou, e eternizou. Jamais poderá ser modificado e essa é a melhor parte de tudo. Longe ou perto, te ver passou a ser só uma questão de eu fechar os olhos e acompanhar vagarosamente teu sorriso se fazendo diante a mim.

Guardo-te nas minhas memórias mais ácidas. E carrego-te comigo na minha bagagem de saudade mais pesada. Acho que sempre irei te amar, independente de outros futuros amores. É que eu te amo até por você ter sido inesquecível. Por tanto, obrigado
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Nós ainda não nos conhecemos. Mas você sabe que gosto de enlaçar meus dedos por baixo dos seus, nunca por cima. Nós nunca trocamos uma palavra. Mas você sabe que gosto de beijos repentinos, e que tudo muito teatral me sufoca até doer. Nós nunca sequer cruzamos o caminho um do outro. Mas você já sabe exatamente como os meus brilharão ao te ver. Sabe também que eu não consigo dizer não pra você, e que eu tenho o sonho de colocar os nomes dos meus filhos todos com B. Bernardo, Bianca e Beatriz. Sabe que eu gosto de dias cinzentos para poder colori-los com minhas cores. Sabe também que gosto do seu cheirinho quando acorda, e de quando sua camisa está amassada. Gosto das suas tatuagens esquisitas, e brinco que um dia vou tatuar o seu nome no braço. Mas eu só brinco, tá? Ah. Você sabe. Só não sabe disso ainda.
Só saudade
Sabe… Às vezes dói lá no fundo. Em uma parte do meu coração que eu insisto em esconder para todo o mundo que existe. Hoje foi mais um daqueles dias. Aconteceu. Sonhei com você. Sonhei que tínhamos voltado a nos falar, só isso. Não éramos namorados, amantes ou sequer nos amávamos Mas nós éramos amigos, como sempre fomos antes de tudo dar errado. Será que você também sente falta? Eu sinto. Sinto falta das coisas simples, do seu sorriso, do seu cheirinho e do seu jeito bobo de dizer que me amava mesmo quando eu não queria saber o que era amor. O problema foi que eu descobri o que era amar tarde demais.
Descobri que te amava quando te perdi. Parece clichê, mas foi. Nós fomos um filme americano – daqueles bem clichês – que eu não me cansaria de assistir. Exceto pela parte em que não tivemos final feliz. Não tivemos final algum. Não sentamos em uma mesa e decidimos que seria melhor assim. Não houve lágrimas, apelos e nem confissões de última hora. Nós apenas nos afastamos, como quem não aguenta mais sofrer e amar ao mesmo tempo. Nos afastamos achando que um dia a vida nos colocaria juntos de novo. Mas sabe qual o nosso problema? Somos exatamente iguais. Você talvez um pouco mais sentimental. Eu talvez um pouco menos vingativa. Mas no fim do dia, os dois acham que merecem um pedido de desculpas. E eu não tenho o costume de pedir desculpas a ninguém. Me arrepender, só do que não fiz.
Então eu te deixei livre. Te deixei partir. Desejei um infinito de coisas boas que não desejo nem para mim. Baixinho, pedi para que você fosse muito feliz. Torci para que você encontrasse uma garota que soubesse valorizar tudo aquilo que eu não valorizei. Não tenho rancor, ódio ou qualquer outro sentimento ruim. De você restou apenas saudade. Uma saudade boa. Às vezes forte demais. Às vezes esquecida. Confesso que hoje estou sentimental além da conta. Mas me perdoa vai, é que eu acordei com saudade.
Eu não espero que você um dia me perdoe, até porque eu nunca te perdoei. Mas eu sei, que lá no fundo, você também sente a mesma saudade.

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